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Com Messi, líder Argentina enfrenta Chile à beira do abismo nas Eliminatórias

Messi durante treinamento da seleção argentina
Messi durante treinamento da seleção argentinaMARCELO ENDELLI/Getty Images South America/Getty Images via AFP
A Argentina, atual campeã mundial, visita o Chile nesta quinta-feira (4) pelas Eliminatórias Sul-Americanas, com Lionel Messi no comando e a missão de levar 'La Roja' à beira do abismo, uma equipe que já foi um pesadelo para a 'Albiceleste'.

A seleção chilena infligiu um enorme sofrimento ao ídolo do Inter Miami ao privá-lo dos títulos da Copa América em 2015 e 2016, um duro golpe que levou o capitão argentino a renunciar temporariamente a sua seleção.

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Mas quase uma década após essas derrotas, Messi retorna ao Chile ostentando uma galeria de títulos com a Argentina que inclui uma Copa do Mundo, duas Copas América e uma Finalíssima. Além disso, a Albiceleste já está classificada (é líder com 31 pontos) para a Copa de 2026.

Diante da tricampeã mundial estará o último colocado (10 pontos) nas Eliminatórias, que pode ser eliminado do maior evento futebolístico do planeta nesta rodada dupla.

A partida será disputada na quinta-feira, às 22h (horário de Brasília), no Estádio Nacional, em Santiago.

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Descida ao inferno

Enquanto a Argentina subiu ao céu, os chilenos vivem uma descida ao inferno e estão a um o de ficar de fora de três Copas do Mundo consecutivas pela segunda vez em sua história.

Após ser bicampeão da América, o Chile terminou em sexto no torneio classificatório para o Mundial da Rússia-2018; sétimo nas Eliminatórias para Catar-2022; e apesar de agora existirem seis vagas diretas e uma na repescagem para a Copa da América do Norte de 2026, seu desempenho piorou.

O Chile tem apenas 10 pontos após 14 das 18 rodadas do torneio classificatório. Está 10 pontos atrás da Colômbia (sexta colocada) e a cinco da Venezuela (7ª), que ocupa a posição de repescagem.

Comandado pelo argentino Ricardo Gareca, o Chile tem a segunda defesa mais vazada nas Eliminatórias e é a segunda seleção com menos gols marcados.

O bom jogo mostrado por aquele time da 'geração dourada' acabou, embora antigos ídolos como Arturo Vidal e Alexis Sánchez permaneçam, e eles deverão ser titulares contra a Argentina.

Oportunidade de testar

Além de Messi, o maior artilheiro da história da seleção argentina, a tricampeã mundial também contará com várias estrelas. Entre elas, estão o zagueiro Cristián Romero, o meio-campista Rodrigo de Paul e os atacantes Julián Álvarez e Lautaro Martínez.

Embora a classificação já esteja garantida, o técnico Lionel Scaloni convocou novos nomes. O de maior destaque é Franco Mastantuono, atacante de 17 anos do River Plate que tem brilhado pelo seu clube no Campeonato Argentino e na Copa Libertadores.

"Deixem (Mastantuono) fazer o que ele vem fazendo no River, que ele vem fazendo muito bem", elogiou De Paul em declarações à imprensa ao chegar à concentração argentina.

O atacante, que se destacou no último Superclásico contra o Boca Juniors ao marcar um gol de falta espetacular, é a grande revelação do futebol argentino no último ano.

Os zagueiros Kevin Lomónaco e Mariano Troilo, do Independiente e do Belgrano, também vão se juntar ao elenco.

O próprio Messi poderá ser acionado com moderação contra o Chile.

"Tenho conversado com ele. Ainda não decidimos se ele será titular ou não. Seria bom saber como ele está fisicamente. Em princípio, ele está apto para jogar, depois vamos avaliar", disse Scaloni em entrevista coletiva em Ezeiza nesta quarta-feira.

Para a partida contra La Roja, Scaloni não poderá contar com quase todo o seu meio-campo titular, já que Enzo Fernández (Chelsea), Leandro Paredes (Roma) e Nicolás González (Juventus) estão suspensos, assim como Alexis Mac Allister (Liverpool) devido a lesão.